Why would he think the boy could become
The man who could make you sure
He was the one
The one
My one
My one
Feist.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Eu fico revendo essas fotos antigas que até pouco tempo me faziam tão mal e sabe, já não têm o mesmo efeito sobre mim, já não me entristecem mais como costumavam. Pelo contrário, me fazem pensar em como foi ruim aquele tempo e em como é bom esse, o que talvez o torne ainda melhor - se é que isso é possível.
Acho mesmo que foi um rio sem ponte que tivemos que cruzar pra chegar até aqui, e que fez com que nos perdêssemos um do outro. Foi sim. E agora você me estende as mãos pra gente continuar. Daqui pra frente a gente segue junto.
Acho mesmo que foi um rio sem ponte que tivemos que cruzar pra chegar até aqui, e que fez com que nos perdêssemos um do outro. Foi sim. E agora você me estende as mãos pra gente continuar. Daqui pra frente a gente segue junto.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sabe, essa coisa de você ser melhor que eu em tudo me incomodava. É verdade, incomodava. Não que eu não torcesse pelo seu sucesso, mas você precisava ser bem sucedido exatamente no que eu me considerava boa? Se eu era boa, você era excelente, claro. Eu costumava ser a melhor em algumas poucas coisas. E aí veio você e tomou todos os meus primeiros lugares. Compreensível que eu não tenha gostado, não é? Logo eu, tão avessa a qualquer tipo de competição (àquelas em que não tenho capacidade de ganhar).
Mas olha, por outro lado, eu não iria querer ao meu lado alguém pior. E o fato de você ser mais inteligente, mais culto, mais bonito me faz querer ser melhor também. Talvez nunca chegue a ser tanto quanto você. Mas desde que você me inspire a ser amanhã melhor do que sou hoje, já tenho motivos suficientes pra te querer comigo. E te agradecer. Você me faz melhor.
Mas olha, por outro lado, eu não iria querer ao meu lado alguém pior. E o fato de você ser mais inteligente, mais culto, mais bonito me faz querer ser melhor também. Talvez nunca chegue a ser tanto quanto você. Mas desde que você me inspire a ser amanhã melhor do que sou hoje, já tenho motivos suficientes pra te querer comigo. E te agradecer. Você me faz melhor.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Meio-dia, a rua empoeirada cheia de carros ansiosos por chegar a destino qualquer. Alheia ao volante, ela chora frustrações velhas conhecidas. Emburreceu, a pobre. Logo ela, desprovida de méritos que é, já não tinha muito de que se orgulhar. O futuro promissor virou à esquerda no último semáforo.
Pois lhe dêem um coração, já que o cérebro lhe tomaram. Pra ser feliz há que sentir, ao menos.
Pois lhe dêem um coração, já que o cérebro lhe tomaram. Pra ser feliz há que sentir, ao menos.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Por que é que tem que ser sempre tão difícil? Por que não dá pra ser simples pelo menos uma vez? Não precisa ser sempre, só uma vez. Não é muito. E essa insegurança e essa auto-estima quase inexistente têm que sempre foder tudo. Essas sim, estão sempre aqui, acenando com risinhos irônicos e plaquinhas de "você é uma merda".
Não sou, não. Quem disse que eu devo acreditar piamente em vocês? Eu não sou o que vocês querem que eu acredite que sou. Não mais. E, olha, você não é tão bom quanto imagina.
Não sou, não. Quem disse que eu devo acreditar piamente em vocês? Eu não sou o que vocês querem que eu acredite que sou. Não mais. E, olha, você não é tão bom quanto imagina.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
Queridos amigos
Tão bom saber que algumas pessoas realmente nunca mudam. Fico feliz ao poder voltar para vocês mesmo depois de tanto tempo ausente e ser sempre tão bem recebida. Vocês e seus sorrisos escancarados, seus abraços apertados. Tão sinceros e despreocupados, sem cobranças ou chantagens. Em qualquer outra situação eu me desculparia pela negligência e relapso. Não hoje. Hoje gostaria apenas de agradecê-los pelos braços sempre abertos. Obrigada.
Tão bom saber que algumas pessoas realmente nunca mudam. Fico feliz ao poder voltar para vocês mesmo depois de tanto tempo ausente e ser sempre tão bem recebida. Vocês e seus sorrisos escancarados, seus abraços apertados. Tão sinceros e despreocupados, sem cobranças ou chantagens. Em qualquer outra situação eu me desculparia pela negligência e relapso. Não hoje. Hoje gostaria apenas de agradecê-los pelos braços sempre abertos. Obrigada.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
This time tomorrow
This time tomorrow where will we be? On a spaceship somewhere sailing across an empty sea. This time tomorrow what will we know? Well, we still be here watching an in-flight movie show. I'll leave the sun behind me and watch the clouds as they sadly pass me by. Seven miles below me I can see the world and it ain't so big at all.
This time tomorrow what will we see? Field full of houses, endless rows of crowded streets. I don't know where I'm going, I don't want to see. I feel the world below me looking up at me. Leave the sun behind me and watch the clouds as they sadly pass me by. And I'm in perpetual motion and the world below doesn't matter much to me.
This time tomorrow where will we be? On a spaceship somewhere sailing across an empty sea. This time tomorrow what will we know? Well, we still be here watching an in-flight movie show. I'll leave the sun behind me and watch the clouds as they sadly pass me by. Seven miles below me I can see the world and it ain't so big at all.
This time tomorrow what will we see? Field full of houses, endless rows of crowded streets. I don't know where I'm going, I don't want to see. I feel the world below me looking up at me. Leave the sun behind me and watch the clouds as they sadly pass me by. And I'm in perpetual motion and the world below doesn't matter much to me.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Mistério do planeta
Eu vivo tentando entender esta tal lei natural dos encontros, pela qual a gente deixa e recebe um tanto. Não é tarefa fácil, claro. Quiçá quase impossível, um dos doze trabalhos de Hércules. E eu nem sou Hércules, né? Mas ainda perco algum tempo tentando desvendar este mistério.
Acredito que seja mais difícil para mim compreender o porquê de pessoas interessantes, distintas, que realmente parecem ter muito em comum, encontrarem-se em certo ponto de suas vidas e não chegarem nem a se cruzar. Não falo daqueles que tornam-se amigos e depois de certo tempo acabam por se afastar. Falo de pessoas que mal chegam a se conhecer. O quê ou quem determina quais caminhos se cruzarão? Qual o critério utilizado? Destino? Não sei, mas não me parece bastante justo.
Conheço tantas pessoas que de longe parecem tão interessantes, inteligentes, agradáveis, mas que são pra mim apenas pessoas-que-eu-conheço. Como duas retas paralelas que mesmo infinitamente próximas, nunca se cruzarão. Muitas vezes, o que faz com que nunca se cruzem são circunstâncias tão mesquinhas, tão sem importância diante daquilo que eles poderiam ser. E sabe, eu acho isso um grande desperdício.
Eu vivo tentando entender esta tal lei natural dos encontros, pela qual a gente deixa e recebe um tanto. Não é tarefa fácil, claro. Quiçá quase impossível, um dos doze trabalhos de Hércules. E eu nem sou Hércules, né? Mas ainda perco algum tempo tentando desvendar este mistério.
Acredito que seja mais difícil para mim compreender o porquê de pessoas interessantes, distintas, que realmente parecem ter muito em comum, encontrarem-se em certo ponto de suas vidas e não chegarem nem a se cruzar. Não falo daqueles que tornam-se amigos e depois de certo tempo acabam por se afastar. Falo de pessoas que mal chegam a se conhecer. O quê ou quem determina quais caminhos se cruzarão? Qual o critério utilizado? Destino? Não sei, mas não me parece bastante justo.
Conheço tantas pessoas que de longe parecem tão interessantes, inteligentes, agradáveis, mas que são pra mim apenas pessoas-que-eu-conheço. Como duas retas paralelas que mesmo infinitamente próximas, nunca se cruzarão. Muitas vezes, o que faz com que nunca se cruzem são circunstâncias tão mesquinhas, tão sem importância diante daquilo que eles poderiam ser. E sabe, eu acho isso um grande desperdício.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Sem fantasia
Vem, meu menino vadio. Vem sem mentir pra você. Vem, mas vem sem fantasia, que da noite pro dia você não vai crescer. Vem, por favor, não evites meu amor, meus convites, minha dor, meus apelos. Vou te envolver nos cabelos. Vem perder-te em meus braços pelo amor de Deus. Vem que eu te quero fraco, vem que eu te quero tolo, vem que eu te quero todo meu.
Ah, eu quero te dizer que o instante de te ver custou tanto penar. Não vou me arrepender, só vim te convencer que eu vim pra não morrer de tanto te esperar. Eu quero te contar das chuvas que apanhei, das noites que varei no escuro a te buscar. Eu quero te mostrar as marcas que ganhei nas lutas contra o rei, nas discussões com Deus. E agora que cheguei eu quero a recompensa. Eu quero a prenda imensa dos carinhos teus.
Chico Buarque
Vem, meu menino vadio. Vem sem mentir pra você. Vem, mas vem sem fantasia, que da noite pro dia você não vai crescer. Vem, por favor, não evites meu amor, meus convites, minha dor, meus apelos. Vou te envolver nos cabelos. Vem perder-te em meus braços pelo amor de Deus. Vem que eu te quero fraco, vem que eu te quero tolo, vem que eu te quero todo meu.
Ah, eu quero te dizer que o instante de te ver custou tanto penar. Não vou me arrepender, só vim te convencer que eu vim pra não morrer de tanto te esperar. Eu quero te contar das chuvas que apanhei, das noites que varei no escuro a te buscar. Eu quero te mostrar as marcas que ganhei nas lutas contra o rei, nas discussões com Deus. E agora que cheguei eu quero a recompensa. Eu quero a prenda imensa dos carinhos teus.
Chico Buarque
Amanhã, ninguém sabe
Hoje eu quero fazer o meu carnaval. Se o tempo passou, espero que ninguém me leve a mal. Mas se o samba quer que eu prossiga eu não contrario, não. Com o samba eu não compro briga, do samba eu não abro mão. Amanhã, ninguém sabe. Traga-me um violão antes que o amor acabe, traga-me um violão.
É, Chico, deixa o amanhã pra amanhã.
Hoje eu quero fazer o meu carnaval. Se o tempo passou, espero que ninguém me leve a mal. Mas se o samba quer que eu prossiga eu não contrario, não. Com o samba eu não compro briga, do samba eu não abro mão. Amanhã, ninguém sabe. Traga-me um violão antes que o amor acabe, traga-me um violão.
É, Chico, deixa o amanhã pra amanhã.
domingo, 6 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
"Já se sabe: por uma linha razoável ou uma notícia justa, há léguas de cacofonias insensatas, de confusões verbais e de incoerências. (Sei de uma região agreste cujos bibliotecários repudiam o costume supersticioso e vão de procurar sentido nos livros e o equiparam ao de procurá-lo nos sonhos ou nas linhas caóticas da mão...)"
A biblioteca de Babel. In: Ficções. Jorge Luis Borges.
A biblioteca de Babel. In: Ficções. Jorge Luis Borges.
Ai, tô meio sem assunto. E ando um tanto repetitiva ultimamente. Mas é que, né? Bem melhor falar de bonitezas que das habituais tristezas.
Aí vem o Chico cantando esse monte de sambas, um mais bonito que o outro, e eu fico toda boba, repetindo. Porque quem é que vai dizer o que quer que seja de um jeito mais bonito que o buarquiano? Nunca serei. E já que ele insiste tanto, eu deixo falar por mim.
Aí vem o Chico cantando esse monte de sambas, um mais bonito que o outro, e eu fico toda boba, repetindo. Porque quem é que vai dizer o que quer que seja de um jeito mais bonito que o buarquiano? Nunca serei. E já que ele insiste tanto, eu deixo falar por mim.
Ela e sua janela
Ela e sua menina, ela e seu tricô, ela e sua janela espiando. Com tanta moça aí na rua o seu amor só pode estar dançando. Da sua janela imagina ela por onde ele anda. E ela vai talvez sair uma vez na varanda.
Ela e um fogareiro, ela e seu calor, ela e sua janela esperando. Com tão pouco dinheiro será que o seu amor ainda está jogando? Da sua janela uma vaga estrela e um pedaço de lua. E ela vai talvez sair outra vez na rua.
Ela e seu castigo, ela e seu penar, ela e sua janela querendo. Com tanto velho amigo o seu amor num bar só pode estar bebendo. Mas outro moreno joga um novo aceno e uma jura fingida e ela vai, talvez, viver de uma vez a vida.
Ela e sua menina, ela e seu tricô, ela e sua janela espiando. Com tanta moça aí na rua o seu amor só pode estar dançando. Da sua janela imagina ela por onde ele anda. E ela vai talvez sair uma vez na varanda.
Ela e um fogareiro, ela e seu calor, ela e sua janela esperando. Com tão pouco dinheiro será que o seu amor ainda está jogando? Da sua janela uma vaga estrela e um pedaço de lua. E ela vai talvez sair outra vez na rua.
Ela e seu castigo, ela e seu penar, ela e sua janela querendo. Com tanto velho amigo o seu amor num bar só pode estar bebendo. Mas outro moreno joga um novo aceno e uma jura fingida e ela vai, talvez, viver de uma vez a vida.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Ah, o ócio...
A agradável sensação de acordar pouco antes do meio-dia e acreditar que acordou cedo, se espreguiçar durante mais de uma hora e desistir de levantar. Arrumar a cama por pura distração. Afinal, não há nada importante a ser feito, nenhum prazo a ser cumprido. Ler o que tiver vontade, poesia, conto, romance, em vez de tediosos livros doutrinários. Assistir a quantos filmes conseguir e fazer entre eles uma pausa para soneca, um lanchinho. Passar o dia em casa e a noite no boteco, cervejinha, amenidades. Sem preocupações ou obrigações, se dar ao luxo de fazer o que quer que seja por simples prazer. Talvez por isso viver rime com lazer.
A agradável sensação de acordar pouco antes do meio-dia e acreditar que acordou cedo, se espreguiçar durante mais de uma hora e desistir de levantar. Arrumar a cama por pura distração. Afinal, não há nada importante a ser feito, nenhum prazo a ser cumprido. Ler o que tiver vontade, poesia, conto, romance, em vez de tediosos livros doutrinários. Assistir a quantos filmes conseguir e fazer entre eles uma pausa para soneca, um lanchinho. Passar o dia em casa e a noite no boteco, cervejinha, amenidades. Sem preocupações ou obrigações, se dar ao luxo de fazer o que quer que seja por simples prazer. Talvez por isso viver rime com lazer.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
É que você me agrada em todos os sentidos, todos os cinco.
À minha visão, por ser assim, todo bonito, com os cabelos loirinhos bagunçados e os olhos apertados. Ao meu olfato, com esse cheiro inconfundível que eu posso sentir mesmo estando longe de você. À minha audição, quando fala mansinho perto do meu ouvido essas coisas que sopram um vento gelado na minha barriga. Ao meu paladar, pelo beijo mais gostoso que encaixa perfeitamente no meu - porque um beijo nunca é bom sozinho, tem que ser dois. E, finalmente, ao meu tato, pelo toque macio da sua pele, dos seus cabelos, do algodão da sua camiseta.
Dizem que há ainda um sexto sentido, que eu não sei bem do que se trata. Mas seja lá o que for, você agrada a ele também. Pena eu não saber dizer como.
À minha visão, por ser assim, todo bonito, com os cabelos loirinhos bagunçados e os olhos apertados. Ao meu olfato, com esse cheiro inconfundível que eu posso sentir mesmo estando longe de você. À minha audição, quando fala mansinho perto do meu ouvido essas coisas que sopram um vento gelado na minha barriga. Ao meu paladar, pelo beijo mais gostoso que encaixa perfeitamente no meu - porque um beijo nunca é bom sozinho, tem que ser dois. E, finalmente, ao meu tato, pelo toque macio da sua pele, dos seus cabelos, do algodão da sua camiseta.
Dizem que há ainda um sexto sentido, que eu não sei bem do que se trata. Mas seja lá o que for, você agrada a ele também. Pena eu não saber dizer como.
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