sábado, 5 de julho de 2008

Ela e sua janela

Ela e sua menina, ela e seu tricô, ela e sua janela espiando. Com tanta moça aí na rua o seu amor só pode estar dançando. Da sua janela imagina ela por onde ele anda. E ela vai talvez sair uma vez na varanda.

Ela e um fogareiro, ela e seu calor, ela e sua janela esperando. Com tão pouco dinheiro será que o seu amor ainda está jogando? Da sua janela uma vaga estrela e um pedaço de lua. E ela vai talvez sair outra vez na rua.

Ela e seu castigo, ela e seu penar, ela e sua janela querendo. Com tanto velho amigo o seu amor num bar só pode estar bebendo. Mas outro moreno joga um novo aceno e uma jura fingida e ela vai, talvez, viver de uma vez a vida.