Fiz as pazes comigo. Com a música leve, os filmes e seus finais felizes, as páginas tímidas dos livros. Com o dia nublado bonito ali fora, o vento no jardim despedaçado pelo outono. Os amigos melhores e seus abraços, a embriaguez das noites de sábado. Até as manhãs quietas, que vão se fazendo agradavelmente barulhentas. As sonecas da tarde sem culpa, pra depois fazer o dever. Com a efemeridade das coisas, até as supostamente duradouras. E os lugares-comuns, as filosofias baratas, os sambas e botequins. Fiz as pazes comigo, e posso voltar a ser eu no meio de tanta gente.
O sol ensolarará a estrada dela, a lua alumiará o mar. A vida é bela, o sol, a estrada amarela, e as ondas, as ondas, as ondas, as ondas.