A menina se senta cansada. Tanto finge ser mulher, tão moderna. Tanto procura razão, ração. Perde-se em meio a tantos livros, teorias, doutrinas. Chora o lirismo que se esvai com a maquiagem pelo ralo do banheiro.
Um banho quente para sempre, lençóis limpos, manhã chuvosa. E a branca e fria proteção dos azulejos. Um inverno inteiro para si, mais ninguém. Mas este outono insiste em ser verão.