Ele vá dor
Ouvindo músicas não tão antigas, fragmentos de uma parte que parece agora tão distante. Não se sabe ao certo onde. Talvez não façam sentido hoje - ou nunca tenham feito. Mas carregam as memórias todas algemadas ao punho. Não se perderiam ou escapariam mesmo que quisessem, chave não há. Resignação apenas. E continua a arrastá-las.
Diálogos entremeados por constrangedores silêncios - espelhos-, e a confirmação de que nada voltará ao antes. Não que devesse. Amizades reduzidas a elevador. Condicionadores de ar e a fria parede invisível/intransponível. Felizmente, uma hora a porta há de se abrir no andar previamente escolhido - justificada fuga. A culpa vem de escada (que encontre a porta trancada).