sábado, 29 de agosto de 2009

Quantidade, qualidade

Não se tratam, necessariamente, de antônimos. Há maneiras de se conciliar as duas coisas. Ter apenas um amigo, ainda que seja um grande amigo, não significa que essa amizade é mais verdadeira do que qualquer outra. Assim como ter muitos amigos não quer dizer que essas relações são superficiais.

O mesmo vale para frequência em que se encontram os amigos. Não é necessária uma convivência diária para que uma amizade seja duradoura. Aliás, muitas vezes o contrário é que se mostra verdadeiro. Aqueles que se encontram depois de meses e sentem como se tivessem se visto há poucos dias, esses sim podem dizer que têm uma amizade verdadeira, dessas nas quais tempo e espaço não têm influência.

Ter um melhor amigo, fazer parte de um grupo são coisas que viciam. Viciam o pensamento, o olhar. O confortável se torna cômodo, e o comodismo faz com que se perca a curiosidade sobre o que há além. Quem são aquelas pessoas ali? Será mesmo que aqueles ao seu redor são suficientes? Suficientes o bastante a ponto de tornar todo o resto desnecessário? Acredito que não.

Descobrir pessoas tem se mostrado extremamente interessante. É perceber que todo mundo tem algo a oferecer. E que ninguém tem tudo que se pode ter.
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