Quantidade, qualidade
Não se tratam, necessariamente, de antônimos. Há maneiras de se conciliar as duas coisas. Ter apenas um amigo, ainda que seja um grande amigo, não significa que essa amizade é mais verdadeira do que qualquer outra. Assim como ter muitos amigos não quer dizer que essas relações são superficiais.
O mesmo vale para frequência em que se encontram os amigos. Não é necessária uma convivência diária para que uma amizade seja duradoura. Aliás, muitas vezes o contrário é que se mostra verdadeiro. Aqueles que se encontram depois de meses e sentem como se tivessem se visto há poucos dias, esses sim podem dizer que têm uma amizade verdadeira, dessas nas quais tempo e espaço não têm influência.
Ter um melhor amigo, fazer parte de um grupo são coisas que viciam. Viciam o pensamento, o olhar. O confortável se torna cômodo, e o comodismo faz com que se perca a curiosidade sobre o que há além. Quem são aquelas pessoas ali? Será mesmo que aqueles ao seu redor são suficientes? Suficientes o bastante a ponto de tornar todo o resto desnecessário? Acredito que não.
Descobrir pessoas tem se mostrado extremamente interessante. É perceber que todo mundo tem algo a oferecer. E que ninguém tem tudo que se pode ter.
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