sábado, 25 de outubro de 2008

Faz de mim estrela, que eu já sei brilhar

Sempre tive o costume de sonhar acordada, ficar imaginando coisas, como seria a vida se seis fosse nove. E fazia isso principalmente enquanto andava de um lugar pra outro (porque nunca me agradaram as caminhadas sem destino, em círculos), sempre olhando pra cima, naquele tempo distante em que eu não dirigia nem tinha carro. Talvez por isso nunca tenha me habituado aos ipods. O barulho da rua me fazia bem, era uma espécie de mantra que fazia com que me perdesse no emaranhado de pensamentos. Me lembro de muitas vezes chegar a acreditar nas coisas que imaginava, tão reais elas se tornavam na minha cabeça fantasiosa. Mas voltava à realidade na próxima rua que tinha que atravessar.

Hoje já não caminho mais pra chegar a lugar nenhum. Sempre sentada, acelerando, freiando, contribuindo para o aquecimento global, bem sedentária. O sedentarismo afetou incluse minha imaginação. Já não me pego mais sonhando acordada com a mesma frequência que costumava há alguns anos. Mas sabe, não é tanto devido ao sedentarismo. Muito porque hoje os tais sonhos são verdade. Grande parte daquilo que eu um dia imaginei se tornou real. E é incrível perceber que até então eu não tinha me dado conta de que a Xuxa estava certa em Lua de Cristal. "Tudo pode ser, se quiser será. Sonho sempre vem pra quem sonhar." Valeu, Xuxa!