domingo, 28 de dezembro de 2008

De onde vem essa fome louca e insaciável da tua presença? Essa abstinência que não te ver me causa? Esse desvario que faz tua falta doer nas minhas costelas? De que doença são sintomas essa taquicardia, esse suor frio? Você que é meu mal e meu remédio. E me faz brega.
"(...) pois bastava que um de nós pisasse em falso para que toda a família caísse atrás; e ele falou que estando a casa de pé, cada um de nós estaria também de pé (...)"

Lavoura arcaica. Raduan Nassar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os natais por aqui nunca costumaram ser lá muito felizes. Mas como não há nada que não possa piorar, este, definitivamente, superou-se.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Coisas (não) são só coisas

Olha, eu queria te agradecer por alguma coisa, não sei ao certo o quê, mas tenho certeza de que é algo importantíssimo. É que a tal coisa dificilmente pode ser traduzida em palavras compreensíveis aos olhos ou ouvidos. A coisa gosta mesmo de ser coisa, assim sem nome, amorfa, percebida por um sentido alheio àqueles cinco que estamos acostumados a utilizar.

O que eu queria mesmo dizer é que, seja lá o que for essa coisa, tem me feito muito feliz. Feliz assim, de uma maneira inédita, como eu não me lembro de já ter sido nessa vida (quiçá em outra). E foi você quem trouxe a coisa pra cá, guardada num bolso ou até grudada na sola do tênis, que nem chiclete. Foi com você que ela veio e por sua causa eu pude conhecê-la.

Por isso, gostaria de te dizer obrigada. E que não faço questão de saber exatamente do que a tal se trata, desde que você e ela continuem aqui, do meu lado, me fazendo assim, feliz. Eu, você e a coisa.
E até pra ser covarde é preciso coragem.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ano novo, vida nova? Acho que não. Que venha o novo ano; a vida, fico com a velha mesmo. Melhor não há de ter.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Por que é que a agonia é tão mais duradoura que o alívio? Essa mania besta que a gente tem de sofrer...